sexta-feira, 11 de novembro de 2011

De novo, novembro


Quando se vê primaveras?
Quando os ponteiros avisam o que já é recuerdo, outro calendário, nova estação?
O tempo às vezes menino, atrevido e implacável, mas nunca exato.
O tempo sempre tão sábio, prudente e eficaz, mas também efêmero.
Já era reveillon, antes que chegasse o rubro natal.
Era novembro, mas já era um novo. De novo, um outro novembro.
Novembro pra falar de um ano, novembro pra falar de mares,
cores,
rios,
pedras,
aires.
Novembro pra voltar saturno,
Para assustar os números.
Novembro pra cantar saudade.
Saudade que tem plural sem que acrescentem esses.
Já era novembro
E tudo que viria era novo, outra vez...
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