segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Subtexto


Diagramas desencontrados não são manuais de instrução. Não estão para ser mapa.
Talvez uma reza, um sussurro, um flash do que já não é retrato.
Talvez uma súplica, uma entrega, uma porta ao que já não é caminho.

Às vezes mais leve do que o que sopra, ou o sonho mais bonito da estátua.  
Às vezes esfinge devorada do próprio enigma.
Para esquecer dicionários não importa a língua.  A mudez é o susto mais transparente da palavra. 

Raiana Reis


6 comentários:

Jaime Guimarães disse...

Saudades dos seus Raios, vizinha!

(há caminhos, mesmo que aparentemente sem nenhum sentido. Lembra do genial Caeiro?

"A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
(...)
Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos! ..." )

bj :*

Poeta da Colina disse...

E é tão bom saber que ela é natural.

Bird disse...

eu acho que todas as palavras são concebidas no silêncio.

NEIVINHA disse...

AMIGA SUAS INSPIRAÇOES
BJS SAUDADES

Denis Correia disse...

Olá.

Belíssimo texto... linhas repletas de subjetividade, que compõem um interessante e desconcertante quadro.
Gostei muito do teu texto... meus parabéns e uma boa noite.

;D

Luciano Fortunato disse...

o corte da tua nova literatura eleva-a, raiana, à condição de obra de arte. que coisa bonita... bravíssimo!!! ... e, como escreve comedidamente, não incorre em involuntários remakes (rs).

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