quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Das sensações

Foi assim, um despertar pós diálogo interno e raiar o dia preenchida de sensações - que apesar de minhas brotavam para ser entregue.
Dessas, com sobrenome e endereço no envelope.
Dessas, tão minhas por serem confessas e tão suas ao provocá-las a existência.
Freud não justificou os porquês de tais sementes que medram do peito com natureza própria, cientistas e filósofos descrêem de tudo que não pode ser visto. – Eu prefiro a fé dos que apenas sentem, de que me serve a lógica? Bobos e felizes são os poeticamente vivos, ao guiar-se na intensidade dos seus instintos falhos.
E foi um amanhecer de comadres tricoteiras, a conversar baixinho aquilo que já se sabe no cotidiano... Desde aquela vez quando percebi a tua dor em mim, desde cada raio nascente de sorriso aos carinhos teus, desde que vejo cada vez mais nítidos teus traços e cores em cada canto que me traz você.
Toco-lhe a face assim, - ainda que em pensamento - num gesto único que exprima este carinho, e que não te assuste, confunda ou me precipite anseios. Te olho como se tão próximo dissesse: Que as sensações estão entregues por serem somente tuas e em cada nuvem eu me faço em esperas.
Tenho-te perto por sentir-te dentro, ainda que talvez não saiba onde em ti me encontro.
E não importando as direções...
Voa meu menino, que deste lado eu sopro para somar ao vento uma mistura de carinho e energia, desejando que em tuas asas seja o combustível-extra, caso necessites.

Raiana Reis

Um comentário:

Jaime Guimarães disse...

Vai ver que Freud não sentia certas coisas...ou, se as sentia, desprezou. E procurou a lógica.

Talvez aí tenha falhado.

E o menino voador sempre volta, sempre volta...

=)

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