Timidez.
Nas primeiras horas notívagas os ponteiros já alertavam a Cinderela urbana. Seriam então em doses as descobertas, embora ele confessasse uma agitação desejosa por esticar instantes.
Entre os risos da manhã seguinte, agora a simples chance de quebrar o rush da cidade - Um almoço a dois.
Incrível como eram os mesmos. As teimosias já conhecidas e tão mútuas, faziam cócegas aos nativos de um mesmo sol. Podem até acreditar por charme, esse jeito tão natural em provocar o outro.
Os olhos dele por vezes pareciam a tomar nos braços e a atenção destas cortinas lhe despiam além das vestes, tentavam a leitura de cada gesto. Ela em sua timidez, corria das faíscas que a abrasariam inteira.
Ele lhe consentia os planos embora a conduzisse desde o primeiro instante.
Assim ela se preparou, um vestido para ser vista: nos detalhes entre a delicadeza da menina e as curvas da mulher, alguns segredos eram guardados - do frio e dos pequenos olhos de seu par...
A sintonia lhes roubavam as horas, trazia sorrisos e servia caranguejos.
No passeio, mãos ainda distantes. Ele escolhia o cenário, mas repentinamente se tornava menino, na timidez de uma distância. Ela ao seu lado, logo seria a Cinderela outra vez, após o primeiro pastel.
Raiana Reis
2 comentários:
Há um jogo inconsciente e uma verdade latente, a paixão.
o menino, a Cinderela...não seriam parte da visão interna de ambos os personagens?
(fiquei imaginando se isso não seria uma volta à infância também...).
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