Chegada.
Ela não pintou aquele dia em cores de idealizações, mas nos anseios do imprevisto veio o puro sabor do que é real. Realidade que chegava aos poucos, a cada passo na dança de um reencontro.
No escuro da noite a imagem do pássaro em sua direção dizia o quanto era especial aquele passo, sem promessas ou hipóteses, mas olhares trocados no espaço de um momento.
Sorriu-lhe numa distância já possível enquanto ele desvendava suas tais surpresas - era impossível não o esperar.
Ele chegava com as gentilezas próprias, para os sorrisos desapercebidos e encantamentos que agora ela já sentia.
Se a sintonia era nada mais que costumeira, o imprevisível sempre lhe trazia os bônus.
Hoje ao recordar, ela pensava: "Meu bem, a dança era você quem conduzia, e sem imediatismos, para a maturação dos frutos..."
Raiana Reis
Um comentário:
E como é bom se deixar levar
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