segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sopro



Amanheço erguendo-me com a força pura dos raios da manhã, mesmo não estando no meu esconderijo matinal onde recomeço os ciclos. Não sei como vieram... Provavelmente seguindo os rastros que deixei naquele último mergulho à beira mar, mas não questiono a posse do endereço, não preciso fugas para o que me fortalece. 
Será chegada a primavera em pleno agosto? O calendário contraria as cores que se pintam à frente, desde o espelho. 
O dia sorri em piruetas acrobáticas, visto então a fantasia para recompor o papel por hora esquecido. Se recordo o ato sem nenhum vacilo, de certo o mérito não está na memória refeita ao amanhecer, mas no sopro que Ele sempre dá, sem carecer motivos.

Raiana Reis

5 comentários:

♪ Sil disse...

Raiana, querida!!!

E quanta identificação naquela postagem não é?
Anos de divã, talvez não me fizessem estar ali, me encontrando naquela frase, naquele trecho.
Tenho aprendido a olhar mais devagar as paixões. E de me entregar a elas tbm.

Lindoooo seu espaço. E olha.Realmente em cada amanhecer, um sopro.
Acredito nisso.

Te acompanho!!

Um abraço meu!

Jaime Guimarães disse...

Bom que a primavera chegue em Agosto. Ou em Julho. Junho...não importa quando. Basta chegar.

Com os raios felizes de um novo dia.

Lui Soares disse...

Lindo texto, uma bela construção metafórica. Parabéns

Luciano Fortunato disse...

um banho de estética esse texto aí: ele dá uma banho.

Rebeca Ramone disse...

Belo texto!!

;)

Beijo.

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